Segundo a International Diabetes Federation (IDF), 285 milhões de pessoas tem diabetes no mundo, e o Brasil está em quinto lugar, com 7,6 milhões de casos. Essa doença pode causar diversas complicações como: neuropatia, úlceras, infecções e isquemia, esta última mais conhecida como trombose arterial. Isso ocorre quando as taxas de glicose permanecem altas durante muito tempo.
Uma das complicações que podem surgir é o pé diabético, que pode apresentar-se com infecções ou problemas na circulação dos membros inferiores, sendo bastante comum em indivíduos que têm diabetes mal controlado.
A pergunta que fica é: quais os sintomas de quem pode estar com pé diabético? O paciente pode apresentar perda da sensibilidade local, dores, queimação nos pés e nas pernas, sensação de agulhadas, dormência.
Um dos maiores problemas da doença é o diagnóstico tardio. O paciente só se dá conta da doença quando ela já está num estágio avançado e, quase sempre com uma ferida, acompanhada ou não de isquemia e/ou infecção.
A percepção tardia da doença pode dificultar em muito o tratamento, podendo em alguns casos, ser necessárias realizações de cirurgias mais complexas ou até mesmo mutilação. Dessa forma, a prevenção é a maneira mais eficaz de evitar tais complicações.
A principal medida preventiva é manter os níveis da glicemia controlados, uma alimentação saudável e o acompanhamento pelo médico se faz crucial para prevenção desta doença.
Uma medida muito importante é a prática de caminhadas de forma regular, que auxilia em muito na melhora da circulação. Mesmo alguns quarteirões por dia, já são suficientes. No caso de feridas ou lesões, o repouso poderá ser necessário, sendo sempre necessária a consulta com o medico especialista.
Outra orientação importante é o exame visual diário dos pés, verificando a existência de frieiras, cortes, calos, rachaduras, feridas ou alterações de cor. Se houver alguma alteração o paciente deve avisar o médico imediatamente. Importantíssimo, nunca use remédios ou produtos químicos nos pés sem consultar o especialista. O cirurgião vascular está preparado para atender, orientar a prevenção e tratar as complicações quando assim for necessário.
Com essas medidas preventivas as chances de evitar complicações mais graves aumentam consideravelmente.