Entre as principais causas de mortes mundiais está o acidente vascular cerebral (AVC). A doença cerebral vascular atinge mais de 16 milhões de pessoas a cada ano conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS). A insuficiência vascular cerebral é a terceira causa de óbito da população e a segunda causa de óbito entre as doenças cardiovasculares. As artérias carótidas, juntamente com as artérias vertebrais, localizadas no pescoço, fornecem o fluxo sanguíneo para o cérebro. A obstrução ou o estreitamento destas artérias podem ser a causa do AVC, cujo quadro clínico dependerá da localização da isquemia no cérebro e do tempo de duração, podendo se manifestar com fraqueza, sensação de formigamento em algum dos lados do corpo, perda súbita de visão, alteração aguda na fala ou na compreensão da linguagem, dor de cabeça repentina e intensa, instabilidade, vertigem, náuseas e vômitos.


O risco de AVC aumenta com a idade, sobretudo após os 55 anos. O aparecimento da doença em pessoas mais jovens está mais associado a alterações genéticas. Pessoas da raça negra e com histórico familiar de doenças cardiovasculares também têm mais chances de ter um derrame.
Contudo, pode ser prevenida com hábitos de vida saudáveis, segundo o cirurgião vascular do Instituto da Circulação e Laser (ICL), Silvio Alves. “É preciso sempre verificar a sua pressão arterial, fazer exercícios e exames de rotina, investir numa alimentação saudável com redução do sal e adição de frutas, controlar o peso e reduzir o consumo de álcool. Essas atitudes diminuem as chances de ocorrer o temido AVC”, salientou.


De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) as doenças vasculares, algumas vezes são silenciosas, portanto é necessário estar alerta sobre a importância do diagnóstico precoce.
Vários métodos são utilizados para descobrir o AVC, assim como a causa, dentre eles podemos citar o Eco Color Doppler, a tomografia, a ressonância magnética, a arteriografia, etc. O tratamento poderá ser clínico ou cirúrgico, na dependência do grau de oclusão das artérias e intensidade do quadro clínico.
O papel do cirurgião vascular é primordial, principalmente na prevenção, pois com um exame não invasivo das artérias carótidas e vertebrais, é possível identificar o grau de lesão nestas artérias e propor o tratamento que poderá ser clínico ou cirúrgico dependendo do grau da lesão, do quadro clínico e anatomia das artérias.