Considerado por muitos como uma doença silenciosa, porém preocupante, o aneurisma é uma dilatação localizada na parede de um vaso sanguíneo. Eles podem se formar na aorta, a maior artéria do corpo responsável pela distribuição do sangue para todo o organismo, e/ou em qualquer ramo desta como nas ilíacas, femorais, poplíteas e viscerais, incluindo artérias do cérebro.

O aneurisma da aorta pode desenvolver em qualquer localização, mas abaixo das artérias renais é mais frequente, responsável por 80% dos casos. Os aneurismas da aorta abdominal são de 3 a 7 vezes mais frequentes do que na aorta torácica.

A doença afeta mais homens do que mulheres. Ela começa a aparecer nos homens próximo aos 50 anos, com maior incidência em torno dos 80 anos, e nas mulheres acima dos 60 anos. Os principais fatores de risco são: idade, predisposição familiar, tabagismo, hipertensão arterial. Quando o aneurisma já foi diagnosticado em membros da família próximos (pai, mãe, irmãos) o risco pode aumentar e a incidência chega a 25%.

A maior parte dos aneurismas é descoberta de forma ocasional, através de um Raio X ou ultrassom de abdômen. Em geral, essa doença não causa sintomas crescendo silenciosamente, dificultando a detecção. Muitos aneurismas começam pequenos e assim permanecem por anos. Outros, que crescem mais rápidos, devem ser acompanhados com exames periódicos. Quando o aneurisma é grande ou está crescendo rapidamente, o paciente pode sentir sensação de pulsação no abdômen( coração na barriga), dor no tórax e nas costas.

Quanto ao tratamento, seu objetivo é a prevenção da ruptura. Nem todo aneurisma deve ser tratado cirurgicamente. O tratamento depende do tamanho, da localização, da forma, da taxa de crescimento e da saúde geral do paciente. Em caso de observação é importante tratar a pressão alta, não fazer esforço físico grande que implique em aumento da pressão dentro do abdômen e não fumar.

O tratamento cirúrgico dos aneurismas de aorta torácica ou abdominal, a partir do momento em que é indicado o tratamento cirúrgico, é realizado de duas formas: a cirurgia convencional (aberta) e a cirurgia endovascular (em que não é preciso abrir o paciente).

Os avanços na anestesia, a evolução dos materiais, nos cuidados pós-operatórios e treinamento das equipes cirúrgicas, fizeram diminuir as complicações e a mortalidade nos pacientes portadores de aneurisma da aorta abdominal tratados. Mas minha dica é, fique atento a qualquer sintoma ou história familiar de aneurisma e procure um especialista.